quinta-feira, 18 de junho de 2009

Universidade de São Paulo em greve.



Hoje por todo o mundo, os olhos daqueles que lutam contra a privatização do ensino superior têm de estar na greve da Universidade de São Paulo (USP), a maior universidade da América Latina.
Tudo começou quando há mais de 40 dias, os funcionários da USP entraram em greve, principalmente por aumentos salariais e pela readmissão de um dirigente sindical , demitido por razões dúbias que indicam perseguição política. Decorrente desta luta, no dia 1 de Junho no campus da universidade estabeleceu-se um corpo da Polícia Militar (PM) com o objectivo de demover a greve. Foi contra esta situação, que contraria os princípios históricos da USP de não permitir a presença de polícia no campus, que no dia 9 de Junho os estudantes, os funcionários e os professores, realizaram de forma pacífica uma concentração conjunta na USP. Nesta, a reitora Suely Vilela, mandou a PM reprimir os manifestantes tendo havido vários feridos das bombas e balas de borracha, dos cassetetes e do gás lacrimogéneo utilizados. Como conseqüência, os professores e os estudantes, em assembleias por todos os cursos, aprovaram a adesão à greve, exigindo a imediata retirada da PM do campus, a demissão da reitora Suely Vilela e eleições directas para reitor.

Neste momento, os estudantes da USP defrontam-se com a UNIVESP, uma reforma que destrói de forma clara a qualidade do ensino. Ao mesmo tempo, os professores e funcionários lutam contra a precarização das suas carreiras.
Assiste-se na USP à confrontação entre dois planos para o ensino superior público. Por um lado um ensino público, gratuito e de qualidade e por outro um plano encabeçado pelo governo Lula e pelos seus agentes locais, como a reitora Suely Vilela, que defende um ensino privatizado, com o objectivo do lucro.
Adaptado de um texto de João Reis, correspondente português no Brasil

1 comentário:

  1. a luta por um ensino gratuito e de qualidade é de todos nós

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